Pedro adorava brincar de super-herói. E papai sempre estava na brincadeira, porque ele era muito forte. Abria todas as tampas dos potes que a mamãe não conseguia abrir.
Muitas vezes, quando Pedro ficava assustado durante a noite, lembrava que o papai dizia que já havia enfrentado muitos bandidos e que todos morriam de medo dele. Aí, Pedro dormia em paz porque sabia que seu pai estava lá para protegê-lo.
Um dia, Pedro decidiu que queria ser um herói forte, corajoso e temido para se defender sozinho de qualquer perigo. Foi aí que tudo começou.
Primeiro, queria ser bombeiro para apagar incêndios e salvar pessoas.
Depois, achou melhor ser policial para acabar com todos os bandidos.
Aí, conheceu o Homem Aranha e chegou à conclusão de que percorrer a cidade pendurado em uma teia e prender bandidos com ela seria mais bacana ainda.
Ah, mas ter a visão de raio x e a força do Super-Homem talvez fosse mais interessante.
E aquele cinto de utilidades do Batman? Que menino não queria ter? Na fantasia de Pedro, cada dia ele era um herói diferente, mas uma coisa não mudava: era sempre forte e corajoso.
Um dia, Pedro caiu e se machucou feio. Não conseguia colocar o pé no chão de tanta dor. Chorou muito, muito.
Papai pegou-o no colo e correu para o médico.
O doutor colocou a perna de Pedro numa máquina de raio X e depois decidiu engessá-la. Papai ficou o tempo todo ao seu lado, segurando suas pequenas mãozinhas.
Depois, pegou-o no colo novamente e levou-o de volta para casa.
Foi quando Pedro se deu conta de que nenhum dos seus heróis estava lá para socorrê-lo. Nem o Batman, nem o Super-Homem e nem o Homem Aranha.
Nesse dia, Pedro pensou que quando crescesse, talvez quisesse ser herói como o médico.
Mas naquela mesma noite em sua cama, mudou de idéia e teve certeza do que queria ser. Pedro decidiu que queria ser herói igual ao papai.
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